domingo, 21 de junho de 2009

Imperfeição

Não quisera ser tão misógino, mas, por interesses maiores, o destino apalpou-lhe os cabelos e interessou-se por ele. Dissertaras sobre o Universo, sobre as coisas em que confiava e nas quais acreditava. Esqueceu-se apenas de ser compreensivo e piedoso com o mal. E é esta a bondade que lhes cerca as narinas? Cadê o olfato cheio de suficiência de palavras sonorizadas gramaticalmente corretas e semblantes sobrepostos a oscilações ora rígidas e ora benevolamente simples?
Sobre estes passos o julgar do pensamento alheio sobrecai sobre tu, sim. Que esqueceu-se da manhã ensolarada para condenar a noite fria. Não defendo o erro, protesto o julgamento. O seu vácuo não existe por minha culpa. Nem ao menos cheguei ao pesponto de perfeição que tentara-lhe muitas vezes. E a credulidade com a qual sempre te vejo aproximar-se, cheio de armas preparadas e postas a fogo, me lembra muitas vezes daquele pressentimento bem apertado ao braço chamado Estrela de Davi. Esquecerei apenas de que a você tudo pertence, no momento em que julga-se tão sóbrio.
Obrigado pela indigestão, é frio o não entender.


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