domingo, 14 de junho de 2009

Pequenez

E não haverão certezas que dirão o resumo de uma início mal elaborado, ou quantas nuances o céu produz por segundo. É a voz de Deus, que sempre me diz baixinho:
- Você está vivo! Isso é só parte do plano.
E entre paradoxos infiéis, eu me deleito em sensações.
- Eu me respeito! Eu me amo!
Sim, "eu" é sinal de primeiro, primeira, pessoa que está em solidão singular. Mas ainda existe o cinza... Ele é a minha consciência em diferentes tonalidades, porém sempre harmônico. No momento em que paro, escureço. No momento em que sinto, desfaço.
E a velocidade nostálgica onde me compreendo autor, escritor, poeta, se esvai com tanta rapidez quanto o calor frio que sempre chegou. Não somos guardas protegidos por armas e espadas, inflexíveis, duros, sensíveis somente à palavra. Somos menos fortes do que aparentamos ser, somos desvairados, procurando terra firme. Sempre procuramos. Não somos religiosos, ateus, casados ou ambulantes. Porém não digas que somos coisas de grande valor, se o acometer da velhice nos empobrecer o coração - este que já recebeu mais sangue do que o que devia, já esteve grande, pequeno, murcho, sozinho. Queixar-me-ei da liberdade e das pequenas diferenças que foram roubadas: tanto amor e Amor, quanto sozinho e solitário.
É lição de vida a cada instante, mesmo que de nada sirva mudar.

Nenhum comentário: