quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Rouxinol

Sentei no meu pranto
pra colher certas ternuras,
e decertas foram as lágrimas
que me caíam bestamente
pelos cantos olhados
no meu mundo diferente.

Sentei na minha vida
e observei
com aguardente na mão,
que não tomei.

Vibrei com o passarinho,
piava piava
no seu ninho,
soava soava
bem acolhido,
bem amado,
bem vivido!

- Não te esqueço...
dizia a saudade a cada canto;
até no canto da parede, do sofá,
da sala de estar, da cama.
Dizia vibrante e entre águas diferentes
no seu último suspiro:
- Te amo.


Nenhum comentário: