No escuro as minhas palavras são somente minhas, os meus textos escapam, borbulham, cegam, destroem, mas me recompoem algumas energias indispensáveis à vida. O brilhinho que meus olhos provocam em cenas de amor é tão premeditado quanto a gravidade de seus erros futuros.
Me sinto sozinho, sem vergonha, sem medo, sem os mesmos erros. Me sinto frágil. Não há mais sinceridade maldita, não há mais verdade escondida, não existem mais metáforas rarefeitas, nem hipérboles repetidas. Não consigo mais ser poeticamente convencível. Não consigo mais.
Algum fardo está irresistivelmente atraente. Alguns olhares tetérrimos me caem em lembrança, me mudam as esperanças, me dão notícias daquelas pessoas que me afirmavam os melhores sentimentos transcritos numa só tarde amena.
Que pedra tão pesada Drummond me deu, que raiva, que angústia. Maldito seja Drummond! Maldito coração menor que o mundo... Maldito seja esse choro vadio que me internou e internalizou em continuidade.
Esses golpes finais... Esses finais... me farão unicamente invencível, eu sei. Quando a compota de rios for despejada no mais belo momento de brilhos externos, serei invencível. Assim que o vidro se despedaçar e o esquisito se tornar estático, impiedosamente deitado acima de todos que abençoam seus próprios corações, serei eu...
Sim, estou ficando velho.
Um comentário:
Já falamos sobre isso, não é ? (:
Postar um comentário