sexta-feira, 26 de março de 2010

Pequena poesia futurista

Vai ficando velho quem eu só conheço de vista, e meus amigos continuam inteiros. Esforçados, meus amigos. Ainda os vejo sorrirem pelos lábios expressivos e dizerem aquele "eu te amo" com tanto prazer. Ainda os vejo sendo inteligentes e patetas (só às vezes). Esses amigos guerreiros que cultivo à minha altura, esses grandes amigos que não cabem numa única partitura musical. Os corações de meus amigos? Ainda praticam a sístole e diástole com o mesmo prazer dos 17. Não precisam mais enrugar a testa para um questionamento, sai totalmente natural, mas quão jovens meus amigos ainda permanecem...!!! Eles que ainda guardam o mesmo sentimento, a mesma eloquência, o mesmo perdão, o carinho, minha gente, que só meus bons novos amigos possuem. Os outros ficarão velhos, meus amigos ainda estão frescos bem aqui em minha mente. Meus amigos ainda somam cada partícula da massa cinzenta que possuo abaixo de meus próprios pensamentos e acima de minhas lágrimas. Não morrerão meus amigos, eles não se sujeitarão a tal artimanha. Eles são espertos e sabem que vão sobreviver nesse fio mental tecido pela consciência física versus espírito. Como são jovens meus amigos... Como são lindos.

Um comentário:

Alanie disse...

Me sinto, portanto, realizada pelo complexo fato de ser sua amiga.