quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

E o coração, cadê?

A vida é realmente surpreendente. E todas as palavras que usamos podem e devem ser contorcidas, de acordo com as situações. Pensar assim agora, nesse caso, não significa pensar assim mais a frente. As pessoas mudam, as verdades e os sentimentos. O eterno significa nascer de novo, e de novo, e de novo. Mas sempre em mutação. Você nunca estará sozinho, mesmo que pareça estar. Ninguém nunca entende o porquê das flores desabrocharem na primavera, mas é apenas porque denominaram aquela época de primavera. Poderia ser 'florivela', quem sabe 'coresbela', mas essas palavras também não teriam sentido sem a nossa língua. As línguas também mudam e são diferentes, assim como as conchas. Cada concha com sua cor, com seu tamanho, únicas sem limite de ser, apenas ser, elas só precisam disso, elas só precisam estar lá enfeitando as praias. Na verdade, sempre existem os enfeites da vida. Talvez, nós sejamos os enfeites da Terra, os enfeites de Deus. E espero que enquanto existir vida, exista amor. Mesmo sem matéria, exista amor. Mesmo sem chão, exista amor. Mesmo sem coração, só pelo coração.

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