Pois é. Me parece uma visão bem solitária nesse calor absurdo, no frio que se está por vir e até nas outras estações e mudanças de temperatura. Me pareceu só por ontem, por hoje e por sempre. Um sempre infinito me foi invadido. Não me limitei a pensar que seria carecido de paz e amor por toda a vida; mas é sempre dotado de vazio. É vazio diferente de complemento. Complementos são encontrados por toda a parte. E SERVEM. Mas o companheiro de doces trocas é modificado por toda a complexidade composta desse vácuo.
É que me parece ter de partir sem você, e a licença poética de nada mais me serve. Regressar para a mesma bela vista me fez imaginar como a vida é perfeita, como o MUNDO é perfeito... Talvez as únicas coisas perfeitas. Não tão certo de que façam bem em excesso: vida e mundo. Mas certamente fazem bem na dosagem correta.
A única coisa que me faz acreditar que tudo ficará bem? DEUS. Não sou um infeliz religioso a busca da verdade, da palavra sagrada. Mas sempre me apego aos conselhos que já ouvi, já percebi, já tive o prazer do raciocínio lógico, e muitos outros "jás" por aí. Há de pensar que Deus não é lógico? Então estás maluco. Ele é tão criador do amor quanto da solidão. E é lindamente absurda a forma com que ELE, o HOMEM, consiga tal proeza.
Então me confundir talvez seja apenas a solução provisória de todos os dias. Até porque, como dizia o meu amigo Freddie, "too much love will kill you" (muito amor matará você), assim como amor nenhum te fará morrer. Mas ainda tenho os complementos e eles me salvarão toda vez que eu precisar; até quando não puderem respirar. Doarão sempre uma partícula de amor para mim - ou eu as roubarei.
E com uma construção eu estarei lá. Como uma casa, não um lar. Com e como as coisas mais desapegadas possíveis. Os meus pés sustentarão todo o resto, sei que sou forte. Sei que sou forte sempre, para todos os fins possíveis; se eles existirem.
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