domingo, 29 de março de 2009

Mundo Rafa. <3

Entendo que as minhas mãos podem carregar todo o mundo
É questão de construção, edifício bem sustentado.
Nunca gostei de dividir as melhores coisas:
ódio, amor, raiva, tristeza... Sentimentos!
Ou talvez me cansei de compartilhar sentimentos.
A tal troca disso tudo é questão de prazer, de querer, apegar, pegar e o resto é segredo que guardo a sete chaves.
É como a fineza de um cisne ao chorar - cisnes não choram, mas poderiam; mais bela seria esta imagem.
Ou como a melhor pintura nunca vista - remoída, exaurida e logo após intoxicada de visualizações modestas; não precisas ser apreciada, apenas mantida.
Para compreender só é preciso se machucar,
Pôr em guerra seu mundo com ele mesmo, consigo mesmo, contigo mesmo, comigo mesmo.
Para imitar só é preciso ser palhaço e bobo o suficiente.
Não sendo, você acabará por se tornar, de qualquer forma.
Tudo isso comprimo em apenas dois braços, duas palmas e dez dedos cheios de força.
É luta inacabada, mas vencida mesmo no cansaço.
É fé de quem tem um pé no chão e o outro na fantasia,
na mais profunda sombra de sonhos inimagináveis - mentira, tudo imaginável.
A cegueira dos passos desajeitados de tanto conteúdo,
que chegaria a esvair, espalhar e restaurar a fraqueza, se não estivesse tudo bem preso.
É preso, e só. Mesmo preso, prezo.
Prezo com a mente de uma criança, mas com o físico de um adulto.
Sustentando tudo o que fui e o que serei.
Caindo; sem derrubar a carga.
Levantando; sem apoio próximo.
Morrendo; sem transferir o que é de mim, está em mim e permanecerá em mim.
Para sempre.

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