sábado, 10 de abril de 2010

Carta

Querido Deus,

Venho por meio desta carta-virtual fazer alguns pedidos e ressaltar alguns pontos. É bem raro esse negócio de enviar cartas ao Senhor. Nem sempre chega, né? Até o Sedex falha de vez em quando... Muitas vezes observo pessoas nas ruas gritando o Seu nome enlouquecidamente, mas pensei em fazer diferente. Por um instante de perda ou por uma pequena solidariedade e reconhecimento social, devo-te suplicar um muito de pão aos inocentes, um pouco de culpa aos injustos, um minuto de esperança aos desesperados. Sei que nada disso é culpa do Senhor e que nós criamos essa parafernalha a que chamamos de mundo (eu chamo de submundo).
As horas cada vez mais rápidas tornam anciosos os homens, e eu estou aqui. E é tão difícil, Pai, de disseminar o amor e construir a fraternidade. Te peço abrigo aos pobres, sabedoria a todos nós ignorantes, compreensão aos incorformados. Solicito, às 03:00h, mais água no planeta, menos guerra (sem espeficações), algumas doses de paciência, carinho, fidelidade. Algumas doses de sentimentos bons para quem acordou sem nada. Algumas doses de confiança, equilíbrio, valorização.
E sei que é pedir muito, Senhor, mas eu esperarei por uma mudança gradual. Peço menos imaturidade sempre, mais consciência (palava de sentido próprio para cada um) e umas verdades, umas verdades inundadas de bondade. Mas também peço-te desculpas pelo incômodo... Perdão pela culpa, pela fragilidade. E muito em breve, Senhor, prometo-te uma carta de agradecimentos (porque esta tenho a certeza de que será maior).

Muitos beijos e muitos cheiros no Teu cangote,
Rafael Sady




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