Quase ingênuo, quase intocável. Tão quase perto de ser ele mesmo, mas resiste. E não falo de mim dessa vez. Não me contento só a me criticar mentalmente. Poeticamente infalível ele é. Ele é tanto, tanta coisa, tanta simplicidade que não se contém SOMENTE num sim ou não. Não se contenta apenas no permanecer, mas são estáticos os sentimentos. Eles sobem, descem, caem, viram, mas permanecem fincados a um único e poderoso coração. Gostaria de ajudar, mas não posso.
Meras palavras se despedem dissipadas nesse ar incontido daquela mesma amarugem de estruturas anteriores. Não se forja o explícito, não se anulam as acepções internas, humanas, naturais e sobrenaturais. Não pode-se ser tão nobre esta alma pesada, porque naqueles olhos mesquinhos, naqueles olhos que se recusam a sorrirem livremente, ele tenta encontrar significados.
Se explicações fossem válidas, indicaria-lhe dicionários e gramáticas práticas, porque assim a absorção de todos esses conflitos se daria de forma natural. Mas tu és duro. Uma pedra de gelo roxa, que não deseja apenas se derreter... Não manche seu carisma com teu roxo! Não manche a sua vida (que para ti até seja insignificante, mas alguns outros pobres - não nobres - a merecem). Elevo-te a grande poeta, elevo-te a sentimentalista do século, mas não roube a felicidade de faces repressivas. Instintivamente, desloque-se pela brisa de outonos saudáveis, pelos anos aceitáveis de uma velhice surpreendentemente boa. Não tenhas medo de ser feliz, por isso sejas por si só.
Nenhum comentário:
Postar um comentário