Sem poesia melodramática, sem satisfação de ego, sem paredes pintadas, sem banheiro privado, sem dicionários, calendários, tempo nulo... tempo preso, sem papel e caneta, mas com um teclado bastante hábil. É assim que eu me vejo: sem explicação, sem fortes remédios que detenham uma dor de cabeça consecutivamente esclarecida. Sem poesia deliberada. Uma poesia inventada, achada, roubada. Uma poesia mentirosa, que dói, mas que acalma. Sem sensibilidade repetida (ou pelo menos demonstrada), sem hibérboles, metáforas, onomatopéias, não, não, não... Sem ruídos. Surdo, mudo, cego, pálido, mas com alguns olhares na noite em que o tormento de sonhos BONS (sim, eram bons), de olhares bons... de apetite sexual, do desejo de ser sensual. Sem vazio. Mas incompleto. Inconstante como o Kauam, forte como a Alanie, paciente como a Flora, severo como o Álvaro e doce como o Ruan. Sem imposição. Pulsante, carnívoro, carente, ambíguo. Sem poesias novas. Com as mesmas de antes, diante de um desenvolvimento diferente. Cem minutos esperando, cem horas, cem dias vai esperar. Sem língua dobrada, mas com um incrível grito preso. Sem amor pessoal, mas com alguns impessoais. Sem complexidade. Não, chega de complexidade. Chega de mistério, chega de verbalização... Prefiro as letras, prefiro o signo explícito. Prefiro esse signo tatuado. Prefiro o símbolo, o digno. Chega de discurso e discussão. Chega de maquinação. Chega, apenas.
*nota: título de autoria de Alanie S. Ramos Mineiro.
Um comentário:
Alanie Sady, stalingrado ? HUIHSDIUAHDA Eu te amo, eu te amo, eu te amo. Você é o escritor mais fabuloso do universo, e eu te admiro muito.
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